O Equilibrista
Sem ter medo de altura,
Suas pernas já nem tremem.
Se equilibra sem tontura
Anda em trilhos como um trem.
Medindo e pesando os passos
Caminha em suave leveza.
Com rigores de compasso
Transmite estranha beleza.
Eu também tenho sorte
Pois vivo na corda bamba
Às vezes enfrento a morte
Com a leveza de um samba.
O Solo é o seu limite.
Meu vôo é no chão da lida.
Pois, tudo que passas, eu passo
Nós dois enfrentando a vida.
Mirian - 1001
Representação imagética por Áquilas Nathan
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