BORBOLETA
Pra onde vais no seu voar?
Rumo vacilante e trêmulo
De asas ligeiras e calado pousar?
Tuas asas deslizam
Num lindo rodopio
Por tantos lugares
E as flores a beijar.
Passas por mim nesta órbita intensa
Numa secreta indiferença
Que a minha figura dispensa
Repousa no oposto
É com lúcido desgosto
Percebo assustado
“O teu rastro é meu”
E que levas contigo?
Pelo silêncio, perigo...
Dessa tua distração?
Minha beleza, tua beleza
É tanta ginga, tanta...
Que sobra um coração
Antônio de Pádua - 1001
Representação imagética por Silvana -3001
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